DEUS NOS CRIOU PARA SERMOS FELIZES?

Criar uma Loja Virtual Grátis
DEUS NOS CRIOU PARA SERMOS FELIZES?

ZRI

Pergunta:

Deus nos criou para sermos felizes?

Resposta:

Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica:

CIC  1 – Deus, infinitamente Perfeito e Bem –aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar da sua vida bem-aventurada. Eis porque, desde sempre e em todo alugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças.

CIC  27 – O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar.

CIC 30 – “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor” Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, “um coração reto”, e também o testemunho dos outros, que ensinam a procurar a Deus.

Algumas citações de Santo Agostinho do Livro “Confissões de Santo Agostinho” nos ajudam a entender melhor porque Deus nos criou e nos leva a um busca maior da verdadeira felicidade que só se encontra em Deus: 20. Ao buscar Deus, procuramos a felicidade Como devo procurar-te, Senhor??? Quando te procuro, ó meu Deus, procuro a felicidade da vida. Procurar-te-ei para que minha alma viva. O meu corpo, com efeito, vive da minha alma, e a alma vive de ti.

Presença de Deus em nossa memória Eis o espaço que percorri em minha memória para buscar-te, Senhor, e não te encontrei fora dela. Nada encontrei referente a ti, de que não me lembrasse desde que te conheci, porque, desde então, nunca mais me esqueci de ti.

Onde encontrei a verdade, aí encontrei o meu Deus, que é a própria verdade, da qual nunca mais me esqueci, desde o dia em que a conheci. Desde então permaneces em minha memória, e aí eu te encontro, quando me lembro de ti e em ti me alegro. São essas as delícias que me deste em tua misericórdia, ao volveres teu olhar para minha pobreza.. 

O conhecimento de Deus Todavia, onde é que te encontrei, para poder conhecer-te?

Não estavas na minha memória antes de eu te conhecer. Onde, então, te encontrei, para conhecer-te, senão em ti mesmo, acima de mim?

No entanto, aí não existe espaço. Quer nos distanciemos, quer nos aproximemos de ti, espaço não há. Tu, a verdade reinas em toda parte sobre todos aqueles que te consultam, e respondes ao mesmo tempo a todas as consultas diversas que te são apresentadas. Respondes com clareza, mas nem todos entendem claramente. 27. Tarde te amei!... Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova. Tarde demais eu te amei.

Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava ao lado de fora! Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas. Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem. Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.

Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti. Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.

E por fim na Sagrada Escritura temos que:

Gênesis, 1 - A revelação da criação do universo por Deus. A cada coisa criada por Deus ao fim podemos ler:.. “Deus viu que isto era bom”. Especificamente nos versículos 26 a 31 – Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança... 27– Deus Criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; criou-os macho e fêmea. 28 Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e prolíficos, enchei a terra e dominai-a. 31 – Deus viu tudo o que havia feito. Eis que era "muito" bom.

Numa das mais perfeitas revelações de Deus São João o diz: “Deus é amor.(Ijoão, 4 16b)

Deus é amor e o amor só pode amar, e, quem ama deseja a felicidade da pessoa amada. Jesus nos disse: “Se, pois, vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhas pedem ( Mt, 7 10 e 11).

Portanto podemos afirmação com toda confiança de que fomos criados por Deus para ser felizes sim. Para que tenhamos vida e vida em abundância. Precisamos no entanto entender que muitas vezes o conceito de felicidade que temos não é verdadeiramente felicidade. São Francisco define a Perfeita Alegria o poder sofrer por amor de Cristo.

Na história dos Santos da Igreja vemos que todos, sem exceção, encontram a felicidade no “conhecimento” de Deus. Assim também seremos felizes se buscarmos de fato a verdadeira felicidade. Por fim apresentamos uma das mais belas e profundas palavras de Jesus que nos indicam o que é a felicidade e como devemos viver para sermos felizes:

Mt 5 1 a 12 – Sermão da Montanha: Ao ver as multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se, e seus discípulos aproximaram-se dele. E, tomando a palavra, ele os ensinava: As bem aventuranças (também em Lc 5, 20 –26) “Felizes os mansos: seu quinhão será a terra. Felizes os que choram: eles serão consolados. Felizes os que têm fome e sede da justiça; eles serão saciados. Felizes os misericordiosos: eles alcançarão misericórdia. Felizes os corações puros: eles verão a Deus Felizes os que agem em prol da paz: eles serão chamados filhos de Deus. Felizes os perseguidos por causa da justiça: deles é o Reino dos céus. Felizes sois vós quando vos insultam, vos perseguem e mentindo dizem contra vós toda espécie de mal por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque grande é a vossa recompensa nos céus”

Fazemos uma ressalva para dizer que muitas vezes, diante de tantas falsas alegrias que o mundo nos oferece, alguns sacrifícios devemos sim fazer para não nos deixarmos seduzir por estas falsas alegrias e para nos mantermos firmes na busca de Deus, no entanto nenhum sacrifício frutifica se for para nós um peso e não uma decisão livre em prol de um bem maior.

Jesus nos recorda a palavra do profeta Oséias "É a misericórdia que eu quero, e não sacrifício" (Mt, 9,13 ; 12,7). è necessário no entanto submeter toda a nossa carne ao Espírito e isso requer da nossa natureza humana, que tem uma tendência ao pecado, um exercício contínuo das virtudes.

Tal exercício nos exige muitas vezes sacrifícios tais como jejuns (recomendados pela Igreja) mortificações e escolhas, que por serem contrárias as muitas facilidades e prazeres oferecidaos pelo mundo, são muitas vezes para nós sacrifícios. Devem, no entanto, ser sempre sacrifícios "de louvor" oferecidos gratuitamente à Deus por uma escolha livre e pessoal.

Fontes de pesquisa:

Catecismo da Igreja Católica;

Livro: Confissões de Santo Agostinho;

Biblia Sagrada - Tradução TEB