JUSTIÇA

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JUSTIÇA

JUST

Justiça, primeira virtude cardinal

Platão afirmava que a justiça é a virtude daquele que estabeleceu o equilíbrio entre o espírito (mous), honra pessoal (thymos) e desejo (epithynia) que imprime assim uma característica da alma.

O Catecismo da Igreja Católica define a justiça como a virtude que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que Lhe é devido. São Duas referências.

Ser justo para com Deus e ser justo para com o próximo. Um não pode ser menos que a outra, pois as duas andam juntas. A virtude está na pessoa, seja com Deus ou com o próximo a atitude é a mesma. Uma pessoa justa é aquela que faz jus ao seu próprio ser.

Na idade Média, a justiça sempre foi representada por uma mulher segurando uma balança e uma espada na mão. Seus olhos se encontram vedados, para que nenhuma inverdade lhe a cegue, mas ao contrário, toma suas decisões sem olhar para a pessoa. Considera tanto o assunto como também o ser humano com todas as suas particularidades.

Um exemplo típico que define uma pessoa justa é a do Rei Salomão em I Reis 3,16-22 que se vê como juiz entre duas mães que brigavam pela maternidade de um filho onde as duas diziam ser a mãe da criança. O Rei Salomão usou de muita sabedoria e julgou com justiça ao intuir o que era correto fazer naquele momento. Salomão levou em consideração não apenas a pessoa, mas também o assunto e agiu com clareza e de forma certa para descobrir a verdadeira mãe.

A justiça ajuda-nos a desmascarar a tendência do pecado original nos devolvendo ao estado de santidade e de justiça original. Cat 375 Sem justiça não há harmonia entre a alma e o corpo, entre o homem e a mulher, entre a criação e o Criador.

Aqui no Brasil se fala muito em justiça, justamente por que aqui a corrupção é que predomina as muitas classes sociais e políticas. O homem tem sede e fome de justiça, mas deve ele saber que a justiça não é dada e nem comprada, ela é uma característica da alma, uma marca original impressa pelo Criador no caráter de cada pessoa, como uma bússola que guia a suas ações, como fonte clara que fertiliza tudo o que ela realiza.

Maria é uma mulher extremamente justa. Embora ela não levasse o mesmo título de seu esposo S. José, como homem justo, mas Maria demonstrou tanto quanto ele que sua alma tinha essa característica sim, mas que vinha pela sua Imaculada Conceição, sem a mancha do pecado original, sem o risco de perder sua santidade e sua justiça original. Só isso já faria de Maria uma mulher completamente justa, mas ela foi além, sem usar de nenhum pretexto sobrenatural, ela agiu de forma justa diante de Deus, mas sobre tudo diante dos homens.

Maria é para nós um modelo seguro de justiça, ela é Imaculada e se manteve em estado de justiça original durante toda a sua vida.

Peçamos a ela que nos ensine a viver justamente, a fim de que também nós alcancemos a santidade original.

Que assim seja!